Vale lembrar, que o carnaval é tão antigo quanto o ser humano, pois desde tempos outrora ele já existia, na Grécia, no Egito na antiga Roma e por aí afora.
Sabe-se, que o carnaval nunca fora do povo e mais recentemente é que não é mesmo. Vejamos:já faz algum tempo que o carnaval de Salvador se tornou uma indústria do carnaval,um comércio que poucos devem imaginar como acontece.Pois,desde a venda de Abadás(esse é o nome da roupa que se usa para adentrar ao bloco que lhe pertence),pelos famosos vendedores que compram os abadás em números em excesso para revendas em postos estratégicos da cidade como aqueles foliões que vão diretamente na sede do bloco ou em balcões de Shoppings Centers e compram os seus carnês e vão pagando mensalmente como aqueles que tem o valor integral para pagar-lhes de uma só vez.
O negócio é tão lucrativo que para os turistas que chegam à época do carnaval, os hotéis já tem as pessoas específicas para levar-lhe quaisquer dos abadás que o turista queira ou como queira chamar a Delivey.
È uma coisa fascinante e muito rentável, porém vamos voltar ao nosso foco principal. Se tratando dos preços eles variam de acordo com o bloco e pode chegar na última hora e um abadá custar em torno de até R$ 2.500,00 reais ou mais,pois os mais procurados são bem caros deixando para última hora.
Segunda estatística do último carnaval baiano a cidade do salvador ficou com aproximadamente quase três milhões de foliões nas ruas em todos os circuitos e aparentemente o que está se tornando mais lucrativo é o circuito barra Ondina onde estão os famosos palanques ou como dizem "Camarotes”, alguns até com estruturas fenomenais por diversos preços. falando em camarotes é aí que eu queria chegar.O camarote foi se tornando algo tão lucrativo que os donos de hotéis,clubes,donos até mesmo dos blocos,e outros começaram a montar suas estruturas de ferro e madeiras que tomam todos os espaços das calçadas e parte da avenida e aí sim que o povo não tem nem onde ficar.Logicamente que tudo isso se deve com o aval da prefeitura claro,e com isso se fatura muito o nosso governo,não é mesmo!Chegaram ao ponto de infringir uma lei Federal, pois invadiu a praia para montar colunas de concretos para fazer camarotes, isso é um escândalo, pois a arei que saiba pertence à Marinha e conseqüentemente à União. Agora faço-lhes uma pergunta;Se fosse um barraqueiro que montasse seu armazém ou sua barraquinha para vender algo para tirar o seu sustento e o de sua família,certamente a prefeitura já teria derrubado,como derrubou centenas delas na orla marítima de Salvador não foi?
Bem, a população mais carente não tem nem dinheiro para adentrar num bloco e nem para ficar num camarote muito menos e onde ficam para brincar o carnaval?Ficam espremidas nas ruas e vielas transversais e que pouco se dá para enxergar os seus ídolos que estão em cima dos trios elétricos. È realmente parece que estamos em antiga Roma onde a classe social e o seu imperador ficava nas tribunas vendo o carnaval passar e a plebe ficava a ver navios.será que mudou muita coisa de lá para cá?Mas o tema é bem provocante que pode perguntar-me: E a questão da segurança, isso em relação à violência que de fato poderia ocorrer se não tivesse os blocos com suas enormes cordas e seus seguranças.
Eu poderia lhes responder: o carnaval da Bahia não é de hoje e antigamente não existia corda, cordeiros, seguranças e muito menos camarotes e todo mundo brincava e se divertia. Lembro-lhe mais que na quarta-feira de cinzas a senhora Ivete e a Timbalada fazem o arrastão e todos vão atrás,durante o carnaval também tem os trios alternativos e o povo vai atrás como o Expresso 222 e o trio da Viviane Trípoli e não tem nenhum tipo de violência afinal o policiamento existe para isso dar segurança em primeiro lugar aos cidadãos.
O importante pessoal é começarmos a olhar a coisa mais criteriosamente e começarmos a reivindicar das nossas autoridades parlamentares, pois vai se chegar ao ponto que nem a calçada espremidinha o folião vai ter como brincar e seguir atrás do seu trio de preferência, somos capitalistas, vivemos sob domínio capitalista (americanizado), e por isso é bom ficarmos atentos á tudo e a todos e viva o carnaval, com muita paz, sem violência e muita harmonia nas ruas.
Para os foliões que consomem a sua bebidinha que possam maneirar um pouquinho e voltem para seu destino ou de táxi ou com um amigo que não tenha consumido bebida alcoólica.
A todos muita paz e um excelente carnaval!
Luigi Vazquez.
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