sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Psicopatologia do Trabalho

Esse é um tema que muito nos interessa, pois, afinal de contas todos nós somos trabalhadores, ou ainda, fomos um dia.
De acordo com o grande psicanalista Cristopher Djours em meados dos anos 80, começou o mesmo, a pesquisar a relação trabalho-condição mental dos seres trabalhadores e quais as conseqüências a níveis de patologias mentais o trabalho lhes proporcionava.
Doravante, já em tempos atuais vem sendo bastante estudado o mesmo tema por doutores e pós-doutores como a doutora Limongi França ratificando que existe veracidade no que diz respeito o trabalho e suas patologias mentais.
È bem verdade, que nem todas as organizações são iguais e nem tão pouco seus diretores ou responsáveis hierarquicamente atuam da mesma forma no que diz respeito em relação aos seus subordinados. mas o que nos chama à atenção não é o fato de só o trabalhador ser acometido por uma doença mental adquirida por maus tratos ou até por um assédio moral ou sexual.
Falamos também sobre questões ergonômicas, trabalhos com esforços repetitivos, trabalhos que o colaborador tem que enfrentar em nível de clima insalubre ou até mesmo em níveis altíssimos de periculosidade.

Este fato é tão contundente que especialistas de outras áreas também estão interessados em estudar ,pois se um trabalhador é acometido por uma doença psíquica oriunda de seu laboro, cabe ao mesmo pleitear posteriormente uma indenização por danos morais e outros pelo fato de estar inapto para suas operações laborativas.
Em contra partida é de grande valia também as outras áreas estudarem o fenômeno (Psicopatologia do Trabalho), pois já que todos trabalham um dia poderão vir a estarem em condições iguais, e aquelas organizações que estão apresentando esses índices de patologias psíquicas com os seus funcionários reavaliem as condições de trabalho que estão lhes proporcionando e tentem o mais rápido mudar os seus processos de trabalho, pois, assim evitariam demandas futuras judiciais, como também uma alta rotatividade de funcionários, absenteísmos e entradas constantes de seus funcionários a Previdência Social (INSS).
Em seus estudos, Djours exemplifica casos mais típicos com trabalhadores que laboram em indústrias com produtos inflamáveis, gasosos e outros nocivos a saúde humana.
Sinaliza também os trabalhadores em instituições financeiras (bancários), telefonistas, operadores de Callcenters e policiais. Todas essas instituições ou corporações para os pesquisadores são as que mais acometem prejuízos aos colaboradores no que tange a doenças psíquicas.
Por fim, é de grande valia advertir a todas as empresas que comecem a reavaliar como estão tratando os seus funcionários, desde a questão do seu mobiliário até os níveis que tange ao respeito mútuo como cidadão e como seres humanos.
A todos muita paz e bom trabalho com muita proteção e bem estar!
Luigi Vazquez.

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